Jack, o Estripador, está de volta...
Nem bem Rory Deveaux pisou em Londres, logo recebeu uma enxurrada de informações sobre o único assunto que parecia interessar a todas as pessoas na cidade: o assassinato de uma mulher seguindo os mesmos moldes do crime praticado por Jack, o Estripador quase um século atrás. Por uma sinistra coincidência, o internato onde a garota recém-chegada dos Estados Unidos iria morar ficava bem na área de atuação do serial killer mais famoso da Inglaterra. Em dias normais, a área já era frequentada por turistas interessados na história. Imagina agora com um maníaco querendo imitá-lo.
As preocupações de Rory no momento, porém, eram outras. Com seu sotaque diferente e a inexperiência de dividir o quarto com outras pessoas, a adolescente estava morrendo de medo de não se adequar à nova vida. Os pais tiraram um ano sabático e iriam lecionar Legislação Norte-Americana na Universidade de Bristol. Eles deram a Rory a chance de escolher onde gostaria de estudar durante este período. Ela não teve dúvida: Londres. Escolheu Wexford, no East End da cidade. Depois de várias horas de voo da Louisiana até a Inglaterra, lá estava ela diante de Hawthorne, o dormitório feminino da escola.
Os primeiros dias transcorreram de forma mais fácil do que o esperado. Teve a sorte de ter apenas uma companheira de quarto e de Jazza ser bem legal. Apesar de não ser popular e já ter ganhado a antipatia da monitora de seu prédio, Rory tinha feito também um amigo especial, Jerome.
A única experiência negativa tinha sido se engasgar durante o jantar na frente de todo mundo, mas havia sido apenas um susto. Quer dizer, negativa também era toda essa história de Jack, o Estripador. Pouco tempo depois de sua chegada havia uma nova vítima, justamente no mesmo dia e seguindo o mesmo padrão do crime praticado pelo serial killer em 1888. Era impossível escapar do assunto, ainda mais quando os assassinatos eram praticados tão perto de onde ela estava.
Na data do terceiro assassinato praticado por Jack, o Estripador, a polícia montou um verdadeiro esquema de guerra a fim de coibir um próximo crime. Todos estavam proibidos de deixar os dormitórios. Jerome, porém, estava entediado e convenceu as duas meninas a subir no telhado do dormitório masculino para acompanhar a movimentação lá de cima.
A travessura pareceu não ter consequências mais sérias, mas alguma coisa ficou incomodando Rory: por que só ela havia visto aquele homem careca e com roupas ultrapassadas que abordou tanto ela quanto Jazza na volta furtiva ao dormitório feminino? Por que Jazza insistia que não tinha visto ninguém? Quem era aquele homem? Com um frio percorrendo a espinha, logo ela descobriria a resposta. E um grupo bem especial de policiais também.